autor: Ayrtton Fonseca autor: Bárbara Tanaka autor: Giovana Anschau autor: João Basso

quarta-feira, 30 de abril de 2014

"O que você mais gosta de fazer?"
"Ahn... Acho que eu gosto de ficar olhando o seu rosto. Sei lá, ele é tão bonito. Quando nos encontramos, a forma como para na minha frente e dá um sorriso que tem um misto de vergonha e felicidade. Céus, eu derreto em treze mil pedaços. E não consigo "des-derreter" por saber que o tempo que eu estiver com você será feliz.
Sabe quando ficamos deitados abraçados nos olhando em um silêncio que conforta? Acho que é isso que eu mais gosto de fazer. Se no lugar do meu coração estivesse uma ampulheta, nesse momento em que meus olhos encontram os seus, em que nossos braços unem nossos corpos, a queda de todos os grãos dentro de mim cessaria. 
Esses dias o pai de um amigo disse para ele "você precisa de uma menina que te deixa agitado" e acho que essa é a melhor das frases, sei que foi para ele, mas acho que serve para qualquer um.
Nunca me senti tão vivo antes de você. Nunca senti minha barriga percorrer o espectro de cores tantas vezes toda vez que vou te encontrar (e olha que sou daltônico!). Eu nunca tinha sequer pensando duas vezes ao escolher uma roupa, sempre fui no "vou pegar a primeira camiseta e a calça de cima" e em meia hora antes de ir te ver eu já tinha trocado o que eu usava no mínimo umas quatro vezes. É bom sentir que quando estamos nos beijando eu consigo me perder nos seus lábios e braços, sem ter que se preocupar em voltar. I'm lost with you, but I am further and further from the chance of knowing the way without you. Thank you for making me feel human."

terça-feira, 29 de abril de 2014

Hoje
Nós vamos sair
Ir
A algum lugar bem longe daqui

Vai ser muito bom
E poderemos rir
E nos divertir
Até o sol sumir

Eu normalmente vou querer ser legal
E talvez até falhe
Vou parecer forçado e sem jeito

Espero que lembre
E que não estranhe
Ninguém é perfeito. 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

solitude

o sol respinga na janela e atravessa a ti, olho pra fora e você já não mais me enxerga, o grito agudo, eu desvio do feixe e a morte do primo é um projétil venoso a oitenta e três metros por minuto. é o rastro descompassado do caminho mais breve, é o sangue que corre, é a luta pela derrota. é a desventura porque eu nunca soube vencer, o escárnio é viril e eu sou arremessada aos três tempos no ringue, não dá tempo para um gole d'água, quiçá prum suspiro. isso é só o início? ou o início é findo? eu vejo o trem da solitude lá do outro lado do quarteirão, e o fantasma já não mais me alcança, não mais, não, pois eu corro, corro contigo, corro comigo, corro convosco. passa pela avenida o sol-em-ti, se eu já não fosse a colisão entre os dois motores que anulam a minha partida. por ora, apaguem as luzes.

Nada com coisa alguma! (O mar, o mar)

Se eu soubesse que agora
Eu poderia ficar de fora
E perder livremente a hora
Eu teria ido embora

Agora
Eu fui lá fora
E perdi três horas
Para pagar a conta e ir embora

Nesse momento
As coisas me parecem tão lisas
E cheias de sentimento

Aproveitei o momento
Me perdi no vasto mar
Lá no fundo, você estava a me olhar. 

domingo, 27 de abril de 2014

Keep the eyes off of me

Vocês sabem de uma coisa?
Não, não vou contar
He. He. 

É difícil esperar alguém? É difícil ter que decidir mil vezes antes de fazer algo? 

Você acha que é diferente ou acha que é normal?

O que é normal?

Sentir, comer, dormir e ir ao cinema para ver um filme ruim?

Ir em festas, brindar a vida e destruir seu corpo?

O que é legal?

É difícil esperar alguém, meus queridos amigos. É difícil pensar mil vezes sobre a mesma coisa. É difícil ser "legal".

E eu não estou falando de mim. 

Inspira respira

inspirar
inspira
ar
espiar
despir
ir e
não voltar

sexta-feira, 25 de abril de 2014

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Não quero mais 6 horas de sono!

Yo. Nós somos o Ninjas & Clouds e estamos aqui a fim de fazer você questionar sobre a sua existência. (Viva, viva.)

É possível que nada dê certo, disse
É possível que eu não esteja aqui, certo?
Eu não sei mais o que é certo, retrucou
Eu não vou deixar de estar, suspirou

Fugiu, fugiu e logo se achou. Vitória!
Achou, achou e logo fugiu. Derrota...
Pisou na areia e gritou: "DESCULPA!"
Virou de costas e andou: plec, plec, plec

Não vá me dizer que chegou tarde
Na verdade estou com muito medo
Na verdade, a tristeza me invade

O sol deixou de brilhar
E suas conquistas viraram pó
Mas levanta e vai, vivente. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

ocultos elípticos

Em um Universo assustadoramente neutro, 
procura-se o amor naqueles que lhe convém; 
um caleidoscópio das cores mais ínfimas, 
um turbilhão de sinfonias impressionistas.

Somente aqueles que desvendam a arte
sabem por onde se perder,
– mesmo cegos, mantêm o Sensível aberto –
pois assim encontram a direção certa.

A Elipse busca aquele que sente 
o infinito atravessar o véu transparente de sensações, 
eliminando o Ódio e a Apatia.

A Elipse é bruta. 
É o peso abstrato.
                   A resposta está na vontade de todas as perguntas.

13/7

Eu quero que me leve com você e me beije
Treze vezes
Às treze horas
Por treze noites
Por treze anos
Por treze décadas
Por treze séculos
Por treze vidas

Eu preciso de você

Eu preciso de você todo dia para acordar. Eu preciso de você todo dia para não se perder. Eu preciso de você todo dia para não se afogar. Eu preciso de você todo dia para pensar. Eu preciso de você todo dia pra atrapalhar meus pensamentos. Eu preciso de você todo dia para organizar meus pensamentos. Eu preciso de você todo dia para precisar de você. Eu preciso precisar de você todo dia. Eu preciso te amar. E preciso de você, de novo.

3° lei de Newton

Aquilo de sentir
que não sente nada,
aquilo de odiar
o amado;

De amar
o utópico;

De enjoar
do rotineiro:
Te desfaço, me desfiz.

Definhei na busca da resposta.
Se é que existe,
se é que te toca
se é que te muda, ou pensas nisso:
Eu hesito.

Você desaba no chão
o desejo de ir:
E eu deixo.

terça-feira, 22 de abril de 2014

impressionismo cósmico

acalanto é a transmissão da tua voz
em um milhão de planetas
jamais nus às pupilas humanas

percorri por entre galáxias
no teu toque cósmico,
o mudo do riso-acalanto
preenchendo o vácuo interestelar

seríamos poetas-satélite,
Leminski e Kolody
em um caos estelar

buraco negro era o que,
eu, implodia
na tua voz de cometa.

Acho que nem sei.

Eu não sei sobre esse momento. Nem o meu nem o seu. Acho que só sei que nem saber nós sabemos. Acho que nem achar eu consigo achar. Nem sei o quanto dura. Nem sei se dura, muito menos sei se já começou ou terminou. Se começou eu não sei onde foi, nem o motivo. Se terminou quero achar como. Nem sei como começou, sabe quando as coisas só começam? Nem sei dizer se sei, também. Muito menos sei dizer se já terminou. Acho que ando achando uma vida construída com “achos” e no fundo, não sei.

Why are you at a party if you are sad?

Why/are/you/at/a/party/if/you/are/sad/?
Why are you at a party if you are sad?
Why are you at a sad if you are party?
If you are at a party why are you sad?
If you are at a sad why are you party?
Why are at you a party if you are sad?
Why are at you a sad if you are party?
Are you sad or are you at a party?
At a party you are, why aren't you sad?
Are you sad so you are at a party, why?
Are you at a party? Are you sad?
Sad?
Are you?
At a party?
Why?

— adaptado de "Beginners" (dir. Mike Mills, 2010).
Felicidade é utopia
Felicidade momentânea é ver
o outro bem.
É a luz no seu rosto
É a voz que corta a alma de todos
É a música que rouba-me o ar
É a vida
              em arte.