Seríamos os amantes mais lindos do mundo,
daqueles de filmes hollywoodianos dos anos 90
que descansam em pó e VHS na minha prateleira,
mas que sempre roubam-lhe um sorriso assim como
rouba-me um beijo por entre as escuras estantes
de uma livraria qualquer
dentre todos os caminhos, o mais certo parecia o seu
, onde quase surrupiei a poesia dos livros cujas lágrimas derrubei,
num choro de moleque que da saia da mãe fugia,
nos encontrou em sorrisos passíveis como porta-retratos
um futuro incabível à palma da mão, ou talvez seríamos cartomantes?
ou seríamos traços,
relaxos de uma peça improvisada que o público aplaudiu,
ensaios sobre canções de amores mornos, contos históricos,
semblantes tristonhos do céu que conjurou em pequenas estrelas
tão brilhantes que lhe fizeram procurar a minha mão
(tão tímida,)
pois assim em toda dúvida haveria um abraço proclamado
(cortando os espinhos e juntando os cacos,)
então a gente pode fugir e se esconder
ouvir uma canção de número ímpar
e ainda assim nos restaria deitar e nos embaralhar pelos lençóis
não sei se lavados ou se eternos
nós.
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