autor: Ayrtton Fonseca autor: Bárbara Tanaka autor: Giovana Anschau autor: João Basso

domingo, 21 de junho de 2015

Já que sou o único acordado...

É importante ressaltar que várias vezes ao dia digo coisas que não gostaria que fossem proferidas a mim. Eu me esforço, ao menos.
Devia ouvir mais. Aprender mais. Mas de que vale só ouvir e aprender, mas não tentar?
Eu arrisquei, ao menos.
Tem duas pessoas que circulam minha mente enquanto escrevo esse texto às 07:58 da manhã. Elas não saem por aí trocando palavras inúteis como eu e sempre deixam o recado claro. As admiro.
Sinto que vou voltar ao ponto inicial e vai tudo dar errado mais uma vez por culpa minha e de mais ninguém. Sinto-me preso a esperanças e olhares maliciosos que me vigiam enquanto eu durmo. É como desalinhar um quadro na parede por vontade própria.
Um "está tudo bem" seria legal num momento como esse.
E você, gosta mesmo do meu texto? É mesmo de seu agrado ler essas linhas tortas? Acha interessante observar a ruína ou absorve conteúdo para si? Você já viveu, hoje? Tomou decisões difíceis sabendo das consequências? Pois bem.
Um travesseiro, cobertor e paz. Refúgio mental para os menos afortunados. E são 8:10.
"Chega de se enterrar; você não precisa disso."
"Não seja idiota."
"Isso é frescura."
Ou qualquer outra coisa que você esteja dizendo pra me derrubar, outro cara. Dói, mas eu aguento.

Eu sempre aguentei.