autor: Ayrtton Fonseca autor: Bárbara Tanaka autor: Giovana Anschau autor: João Basso

domingo, 13 de setembro de 2015

dirijo esta nota a quem ousar recebê-la

hoje decidi que não escreveria mais sobre você
mas fingi derrubar essa carta no chão
e esperei você passar

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Eu ainda vou arrancar meus olhos fora

Meu Deus.
Eu procuro muitos cantos esguios e espacinhos para mostrar minha tristeza. Assim que surge a oportunidade, grito de uma forma que assusta, mas logo se dissipa no ar.
Meu Deus. 
Acordei tão estranho nessa manhã e tudo está tão simples que mesmo as coisas que deviam me desesperar estão tão suaves. Estou escondendo as palavras na esperança de que você as ache, de novo. 
E se por todo esse tempo fiz o que ela disse para ele não fazer? Acho que aguentei tanta porrada que agora que o mar está calmo, tenho medo dos monstros. É mentira, tudo o que dizem. Não está tudo bem. Nunca está.
Mas você quer que eu seja direto. Você quer mais de mim; e eu sou mais que isso.
Não estava brincando quando disse que estou conformado. Tenho muita preguiça de fazer acontecer. Meus textos estão todos sujos. Desculpa por não poder ajudar. 
O mago disse: "Descartem-me como descartam a teus lixos. A menor importância não darei. Minha função na terra está completa." E eu concordo com ele.
Olha onde cheguei. Fui longe, pra quem ia pular da janela. Queria tanto saber o que é que ocorre comigo. 

A manhã traz uma nova aurora 
E eu só consigo pensar em diversão momentânea 
Porque nada mais é como era antes 
E minhas frustrações parecem tão vagas

Ah.